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Segunda temporada do Eloquente debate a socioeconomia pela escala

Em seis episódios, o podcast da socioeconomia recebe especialistas para debater o papel das empresas na construção de uma economia mais justa e sustentável

Em um mundo marcado por uma série de crises convergentes e cada vez mais sérias, a necessidade de mudança é clara. Precisamos urgentemente de uma economia que seja capaz de promover relações mais justas de trabalho, respeitando os limites do planeta e preservando a biodiversidade.

Mas para fazer isso, é preciso sair do senso comum e encontrar novas formas de pensar e de agir. Com essa proposta, surgiu o “Eloquente”, o podcast da socioeconomia, que tem abordado com profundidade algumas das questões mais importantes do nosso tempo, em conversas com especialistas, ativistas, pesquisadores, cidadãos, empreendedores e pessoas de ação que estão pensando e construindo soluções de impacto para um futuro circular.

Na primeira temporada, as discussões tiveram como eixo as relações que estão por trás de tudo aquilo que compramos e em como criar melhores condições de trabalho através de um consumo mais consciente. Na segunda, que estreia no dia 16 de novembro, o foco é o mercado.

O apresentador do podcast, Sandro Marques, nos contou um pouco sobre o que está por vir. “Nós colocamos o foco em duas coisas principais, no papel das empresas nessa transição econômica e na questão da escala.”

Do ponto de vista corporativo, o desafio é mudar uma série de práticas que não são adequadas para o meio ambiente e para a sociedade.

Além disso, ele aponta para a necessidade de pensar em modelos que possam ter efeitos mais abrangentes. “Nós entendemos que as questões climáticas, as questões de desigualdade e as questões econômicas ligadas ao ESG precisam de soluções que operem em uma escala maior e não sejam apenas pontuais”, explica. Essas são as questões que orientam os seis episódios. 

Diálogos, reflexões e provocações

Para abrir a temporada, foram convidados o diretor de sustentabilidade da MR Consultoria, João Carlos Redondo, e o diretor de inovação da World-Transforming Technologies, André Wongtschowski. Ambos debatem sobre os desafios de transformar iniciativas menores e locais em projetos capazes de atuar e gerar mudanças em escala global.

No segundo episódio, a economista Valéria Sampaio e a cientista social Clarice Mendonça batem um papo sobre os caminhos para uma mineração de menor impacto. Se o uso de minérios é essencial para toda a atividade industrial contemporânea, como extrair sem degradar?

Depois, o podcast convida a advogada e doutora em ciências ambientais, Fabíola Zerbini, e a agrônoma com doutora em geografia, Ana Terra, para uma conversa sobre agricultura sustentável, tentando responder a uma das questões mais difíceis do nosso tempo: como produzir alimentos de qualidade em larga escala sem desmatar as florestas? 

A quarta conversa gira em torno do lixo e das melhores maneiras de lidar com os resíduos sólidos. Os convidados do episódio são o ambientalista Paulo Lenhardt e o mestre em gestão para a sustentabilidade Mateus Mendonça, com participação especial de Aerton Paiva, presidente do Instituto Interelos.

A quinta discussão tem como foco a questão da água e de soluções que possam garantir mais eficiência hídrica. O doutor em saneamento ambiental Adacto Ottoni e o teólogo Naidison Baptista trazem reflexões sobre como melhor aproveitar e preservar os recursos hídricos em um momento em que eles se tornam cada vez mais escassos.

Para finalizar, a gestora ambiental Mariana Chaubet e a historiadora Adriana Salay debatem sobre a igualdade e a inclusão social em uma conversa sobre como criar negócios que priorizam as pessoas e distribuem a renda de forma mais justa.

Soluções para além do óbvio

De acordo com Marques, os episódios foram pensados com a proposta de abordar desafios enfrentados por todo o planeta. “São questões que têm muita abrangência e que são de certa forma universais.”

Qualquer país inserido na economia global vai enfrentar questões relacionadas à água e à comida, por exemplo.

Durante as conversas, surgiram dois pontos recorrentes: “um deles é a importância do diálogo na busca por soluções. O outro é a necessidade do poder público de desempenhar um papel mais ativo incentivando essas iniciativas. E apesar de todos desafios, a boa notícia é que muitas dessas soluções já existem, enquanto outras estão sendo desenvolvidas.”

A partir do dia 16, o “Eloquente” estará disponível em áudio e vídeo nas principais plataformas e também no site do Instituto Interelos. Não perca!

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