Atividades predatórias presentes no bioma põem em risco crescimento socioeconômico
Com 502 milhões de hectares e uma riquíssima biodiversidade, a Amazônia Legal conta com uma área maior que a da União Europeia (UE). Composta por 9 estados, vivem na região cerca de 28 milhões de brasileiros, a maioria dos quais enfrenta uma série de desafios sociais e econômicos que não podem ser ignorados.
Ainda mais quando sabemos que preservar a Floresta Amazônica pode gerar sete vezes mais valor do que a prática de atividades de exploração, como agricultura extensiva, exploração madeireira e mineração, estimativa que consta em um estudo publicado recentemente pelo Banco Mundial intitulado “A Balancing Act for Brazil’s Amazonian States – An Economic Memorandum” (em tradução livre: uma lei de equilíbrio para os estados amazônicos do Brasil – um memorando econômico).
Apesar dessa descoberta, o “arco do desmatamento”, que abrange partes dos estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia e Acre, tem testemunhado uma rápida destruição de suas florestas, colocando em risco a riqueza natural e os modos de vida tradicionais de muitas comunidades. Esse cenário alarmante aponta para a necessidade de adotar uma rota alternativa de desenvolvimento para a Amazônia, que equilibre a inclusão socioeconômica com a exploração sustentável de seus recursos naturais, a fim de proteger o bioma e garantir a qualidade de vida dos habitantes da região.
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Essa transformação não é impossível e pode ser realizada melhorando a produtividade e estimulando o desenvolvimento socioeconômico. Além disso, o fortalecimento da governança fundiária e florestal, em conjunto com a aplicação eficaz das leis existentes, é essencial para a preservação da floresta e a promoção de uma existência sustentável.
Com uma valorização estratégica e a preservação do capital natural da Amazônia, é possível casar a expansão econômica com a proteção ambiental. Para tanto, a busca de financiamentos para conservação, que estejam alinhados a metas concretas de redução do desmatamento, é uma prioridade.
No Instituto Interelos, sabemos que prosperidade e preservação dependem de cadeias de valor sólidas, que promovam o desenvolvimento das comunidades locais, transformando os produtores em protagonistas e proprietários dos meios de produção. Para isso, adotamos uma abordagem pragmática e inovadora, que intervém de forma simultânea e integrada na cadeia produtiva.
Acreditamos, por fim, no poder transformador da educação como fator determinante para o desenvolvimento sustentável. Formar jovens e líderes comunitários conectados ao seu território, capacitados para utilizar seus recursos de maneira sustentável e preservá-los para as futuras gerações, é o único caminho para a conquista de autonomia nos territórios.