Notícias

Encontro na Resex Verde Para Sempre define alternativas econômicas sustentáveis

O mês de janeiro começou produtivo para o programa que o Interelos vem desenvolvendo na Resex Verde Para Sempre, a maior reserva extrativista do Brasil, com a definição de duas cadeias a serem priorizadas após um estudo preliminar de alternativas para expansão de atividades econômicas sustentáveis na região. 

Uma parte dos consultores do projeto viajou até Porto de Moz, no Pará, para três dias de imersão junto a equipe do CDS, o Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Porto de Moz, em que apresentaram os estudos de mercado de cinco cadeias: açaí, pescado, castanha, madeira certificada e óleos vegetais (Andiroba e Pracaxi). A reunião teve formato híbrido e contou também com a presença de outros analistas de forma remota. 

As apresentações foram recebidas com entusiasmo pela equipe do CDS que, em reunião privada, discutiram os critérios para a escolha das duas cadeias que serão priorizadas e terão o plano de negócio desenvolvido. Definiram, assim, a cadeia de açaí e a do pescado como as mais viáveis do ponto de vista socioeconômico e ambiental, visto que a produção de açaí tem o potencial de incluir novas famílias na articulação do GGF (Grupo de Gestão Florestal) e propiciar o desenvolvimento de uma cadeia baseada em produtos florestais não madeireiros, promovendo o uso múltiplo da floresta. A iniciativa conta com o apoio da ASPAR, a Associação dos Pescadores Artesanais de Porto de Moz, importante parceira para a estruturação e viabilidade das duas cadeias, já que possui uma fábrica de gelo na região, que servirá para o resfriamento do peixe e do açaí, uma vez que ambos os produtos  exigem cuidados especiais com a temperatura. 

A ideia é que os atores locais participem da construção dos planos de negócios juntamente com o Instituto Interelos visando aprimorar seus processos produtivos, de organização, gestão e, sobretudo, fortalecer o elo desses produtores com o mercado. Isso será feito sempre respeitando o meio ambiente, os direitos humanos e buscando uma estratégia conectada com a educação, em uma parceria de longo prazo com as Escolas Familiares Rurais, de modo que se possa desenvolver capacitação profissional aliada ao desenvolvimento da cadeia produtiva, modelo conhecido por usar o ambiente como elemento propulsor do conhecimento. 

A próxima etapa in loco está prevista para o início de fevereiro com a apresentação das cadeias priorizadas aos comunitários envolvidos nestas cadeias produtivas e também aprofundar o mapeamento da base produtiva no território.

Últimas notícias